Adotar práticas sustentáveis do ponto de vista ambiental
requer disciplina para mudar comportamentos. Mas o resultado pode ser bom tanto
para o ambiente quanto para o bolso.
A atitude pode começar com gestos simples, como apagar a luz
quando não estiver em um cômodo. Desligar totalmente aparelhos que ficam em
stand-by evita que, por exemplo, uma TV consuma energia sem estar ligada.
Buscar formas de reduzir o consumo de água ganha mais
relevância diante da escassez do recurso em São Paulo. Além do ganho ambiental,
o consumidor paga menos nas contas de água e luz.
A pedido da Folha, Sabesp e AES Eletropaulo calcularam a
economia feita com a mudança de alguns hábitos de uma família de quatro
pessoas.
Se todos da casa reduzirem seus banhos diários em chuveiro
elétrico de 15 para 5 minutos, por exemplo, a conta mensal de luz fica cerca de
R$ 40 mais barata, e a de água, R$ 18 -só aí, quase R$ 700 de economia em um
ano, considerando as tarifas cobradas do consumidor médio da cidade de São
Paulo.
Se, além de reduzir o banho, a mesma família passar a
escovar os dentes com a torneira fechada e lavar o carro com balde em vez de
mangueira -levando em conta que more numa casa e que cada um faça três
escovações diárias, durando em média três minutos-, a economia na conta mensal
de água pode alcançar em média R$ 35, incluindo aí a redução no banho
mencionada acima.
"É preciso ter a percepção de que, hoje, a gente já
está demandando do nosso planeta 50% a mais do que ele é capaz de renovar em
água, energia, absorção de resíduos. Tem que consumir só o necessário",
afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.
CARRO
Outra substituição sustentável e que pode fazer bem ao bolso
é a opção pelo etanol no lugar da gasolina. Para ser financeiramente vantajoso,
o litro do etanol deve custar até 70% do preço da gasolina.
De acordo com a pesquisa da ANP (Agência Nacional do
Petróleo) em setembro, o litro da gasolina comum custava em média R$ 2,963 no
país, e o do etanol, R$ 2,005, numa proporção de 67,6%.
Mas, por Estado, a mesma pesquisa mostrou que só valia a
pena usar etanol (do ponto de vista financeiro) no mês passado em Mato Grosso,
Paraná e São Paulo.
O veículo pode ainda ser substituído por uma bicicleta,
principalmente em cidades com ciclofaixas.